MODA OUTONO/INVERNO 2012

MODA OUTONO/INVERNO 2012
Tendências de Moda outono/ inverno 2012. Ombros arredondados, couro e metalizados são as palavras - chave deste inverno

sábado, 10 de março de 2012

TRANSPARÊNCIA

A transparência é sexy e elegante ao mesmo tempo. As saias em cores escuras são a cara do inverno, e as camisas de seda com leve transparência sempre compõe um look elegante e bacana. Podem apostar!



domingo, 13 de novembro de 2011

E a tendência da barriga de fora, vai pegar?

Quando o assunto é: 'barriga de fora' temos que tomar um enorme cuidado para não ferir a elegância e o bom gosto. É uma tendência que voltou com tudo e remete aos anos 70 que vai estar muito em alta neste verão.








Quem pode usar? 
É evidente que para ser adepta a uma tendência ousada como essa você precisa ter barriga chapadinha, não acho que ficaria elegante com muitos "quadradinhos" mas que ela tem que estar lisinha... ah, isso tem!


Como manter a finesse com essa nova proposta?


Sem UMBIGO, por favoooor!







Mostrar um pedacinho da barriga ali logo abaixo dos seios tudo bem, mas nada de exageros... Sem umbigo, por favor! Afinal ninguém quer ser vulgar aqui, né?!


Bom, meninas... aproveitem com moderação!


Beijinhos

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Jóias: fascínio e poder!

A Fascinante História das Jóias

O homem sempre gostou de ser decorado com jóias. Isto contribuiu para o desenvolvimento da jóia como uma indústria. A jóia é um ornamento, para a o uso pessoal. A palavra jóia é um formulário anglicizado da palavra latina jocale que significa que a história do plaything diz que cerca de 40.000 anos atrás, a primeira jóia foi usada pelos Cro-Magnons, ancestrais do Homo sapiens. Seus colares e braceletes incluíam jóias feitas de osso, de dentes e de pedra. Foram escavados recentemente grânulos de 100.000 anos de idade feitos da casca de Nassarius que são considerados serem as jóias mais antigas conhecidas.

A jóia, em tempos passados foi feita para usos práticos como a confecção da roupa. Hoje em dia ela é usada não somente para decoração, mas o seu uso é também considerado um símbolo de status. Há diferentes tipos de jóias feitas hoje. As variações novas como as jóias da arte são conhecidas pela sua capacidade artística. A arte aqui é mais avaliada do que o material. A jóia de aparência barata, feitas de materiais inferiores e a escultura do fio, feita do fio de metal e pedras ou metais preciosos e gemas, são outras jóias contemporâneas das épocas atuais.

Muitas partes da jóia, tais como broches foram feitos originalmente com finalidades funcionais, a jóia é igualmente simbólica. A cruz cristã ou a estrela judaica são indícios da fé religiosa que a pessoa segue. Os casais usam anéis de casamento.

No Egito antigo a jóia foi feita inicialmente ao redor de 3.000 a 5.000 anos atrás. Os Egípcios adoravam o brilho, a raridade e a durabilidade do ouro. Os Egípcios acumularam uma quantidade abundante de ouro dos desertos da África e mais tarde adquiriram ainda mais ouro como tributos dos reinos capturados. No Egito, a jóia logo simbolizou o poder. A classe afluente a usava não somente durante sua vida, mas também após a morte, suas jóias eram enterradas junto com elas.

Na Mesopotâmia a jóia era manufaturada de metais com pedras brilhantes e coloridas como o ágate, lápis, carnelian e jasper. Suas formas favoritas eram folhas, espirais, cones e grupos de uvas. A jóia foi criada para adornar seres humanos e estátuas.

Na Grécia as jóias eram feitas de ouro, prata, marfim, gemas, bronze e de argila. Mais tarde adotaram projetos asiáticos depois das conquistas de Alexandre. Inicialmente influenciado por projetos europeus, o advento do reinado Romano na Grécia em 27 BC, trouxe mudanças significativas.

Embora influenciados pela cultura Romana, os projetos indígenas sobreviveram. O ornamento mais comum de Roma antiga era o broche usado para fixar a roupa. Usaram o ouro, o bronze, o osso, os grânulos de vidro e a pérola. Aproximadamente 2.000 anos atrás, importaram safiras do Sri Lanka e diamantes da Índia. As esmeraldas e o âmbar foram usados também.

Logo cedo os Italianos criaram fechos, colares, brincos e braceletes do ouro cru. Até os grandes pendentes para armazenar o perfume foram feitos. Conhecido como o sucessor oriental dos Romanos. O império bizantino continuou a tradição Romana embora os símbolos religiosos fossem predominantes. Os povos Bizantinos preferiam o ouro ricamente ornamentado com gemas. A jóia era usada principalmente por mulheres ricas enquanto que os homens se restringiam a usarem um anel.

A jóia serviu para várias funções. Sua finalidade principal, em épocas antigas, era para defender as pessoas do mal. As pessoas pagavam dotes com jóias. Foi criada também para ser usada como moeda para bens de troca, evidenciando o uso de grânulos escravos. A jóia também era uma marca de distinção entre os governantes e os governados. O seu valor ainda é considerado nos dias de hoje.

Leia mais em: http://www.webartigos.com/articles/5435/1/A-Fascinante-Historia-Das-Joias/pagina1.html#ixzz1TQmqNL8E





Símbolo de luxo, riqueza e sofisticação as joias são objetos de desejo de muitos. Além do valor financeiro e sociológico agregado às pedras preciosas, o objeto também possui relações astrológicas, místicas, de energia.
As gemas (pedras) encantam e enchem os olhos humanos há muitos e muitos anos. Na pré-história havia a crença de que “joias” tinham o poder de proteção e cura. O homem utilizava as gemas que encontrava na natureza e as usavam como um amuleto. Acreditava que as pedras coloridas, polidas pela força dos rios, absorviam a força do sol, água e terra.
A crença não é algo que tenha explicação ou mesmo razão, é um sentimento pessoal. Cada um escolhe a joia que melhor lhe representa e em muitos casos é usada como uma proteção.
Seja por questão de energia ou atração visual, a compra de uma joia é sempre uma experiência a ser vivida plenamente. 

Relação entre mulheres e as jóias:

Em Os Homens Preferem as Loiras, Marilyn Monroe eternizou a máxima "Diamonds are a girl's best friend". Afinal, uma bela joia pode ser como uma boa amiga que consegue ressaltar nossas características mais marcantes. Presas ao pescoço, pulso, roupas ou dedos, as pedras preciosas são capazes de agregar charme e elegância. Cada peça com seu design, estilo, cor e forma torna-se única quando ostentada por sua dona.

domingo, 13 de março de 2011

Sutiã - História do Sutiã

Sutiã
(francês soutien, redução de soutien-gorge)
s. m.
Peça de roupa interior destinada a apoiar ou acondicionar os seios. = porta-seios        Plural: sutiãs.

Embora atribuam a invenção do sutiã à americana Mary Phelps Jacobs, que o patenteou em 1914, hoje se sabe que, sob o nome de porta-seios, Marie Tucek também patenteou um modelo, aliás extremamente parecido com os de hoje, em 1893. Já em 1889 Herminie Cadolle havia dividido a roupa de baixo em duas peças, o que seria um precursor da lingerie atual. Mas foi em 1907 que a revista Vogue utilizou o termo Brassière (sutiã em inglês) pela primeira vez, razão pela qual estamos dizendo que a peça, hoje uma das mais sofisticadas em termos de tecnologia e modelagem do guarda-roupa feminino, completou 100 anos em 2007. 
No início do século XX as mulheres se espremiam em espartilhos, confeccionados com barbatanas de ossos de baleia ou de metal, buscando uma silhueta tipo ampulheta, com quadris e seios fartos, contrastando com uma cintura absurdamente fina. Tal ideal de beleza provocava problemas de saúde, alguns até fatais, uma vez que os espartilhos comprimiam o estômago, parte dos pulmões e outros órgãos. No decorrer da primeira década do século passado, bailarinas como Isadora Duncan, Loie Fuller e Mata Hari, assim como os estilistas Paul Poiret e Madeleine Vionnet, além de algumas feministas, aos poucos, influenciaram o look da época e uma nova silhueta, mais solta e livre de amarras foi sendo delineada. Dentro desse contexto o sutiã foi ganhando importância crescente.


Já na segunda década do século as mulheres, livres do espartilho, tentavam se espelhar nas estrelas de cinema, que começavam a despontar como ícones. Com a I Guerra Mundial, a simplicidade das enfermeiras substituiram as atrizes no imaginário coletivo. Ao mesmo tempo a necessidade de se trabalhar em fábricas e, assim movimentar-se mais livremente, fez o uso de cintas elásticas mais freqüentes. Ao final do conflito, o ideal de mulher vamp, ao invés das benemerentes enfermeiras se fazia presente.
Durante os chamados “loucos” anos 20, a moda era roupas mais curtas, decotadas e soltas no corpo. Durante essa época os seios eram comprimidos e empurrados para baixo e para isso se prestava o sutiã de Mary Phelps Jacob ou as faixas e bandanas amarradas ao corpo. Eram confeccionados em seda, crepe ou algodão. Nesse período Chanel, com suas atitudes e roupas confortáveis, algumas emprestadas do guarda-roupa masculino, o comportamento livre da escritora americana Gertrude Stein e outras mulheres famosas, apontavam a direção às demais, para uma vida menos reprimida e mais liberal. Indo na direção contrária, no final do decênio, uma imigrante russa, Ida Rosenthal, junto com seu marido, fundou a Maidenform e desenvolveu sutiãs, pela primeira vez, com tamanhos de taças diferentes, que não achatavam as mamas.

Na década seguinte, o crash da bolsa de NY e suas conseqüências na economia mundial fizeram com que a moda ficasse mais contida, sóbria, quando a elegância tinha mais a ver com a austeridade. Os vestidos se tornaram mais compridos, os decotes continuaram nas costas e, mais do que nunca, as estrelas de Hollywood eram copiadas pelas mulheres comuns e o figurino das divas era esplendoroso (em tempos difíceis economicamente, a moda enaltece o luxo, o sonho e a beleza). Em 1930 a Warner Brothers Corset Company, que havia comprado os direitos da patente de Mary Phelps Jacob, criou um sutiã elástico, que contornava e não escondia as formas. A Kestos Company of América havia introduzido, no final dos anos 20, um sutiã composto por dois triângulos com elásticos que cruzavam nas costas e amarravam-se na frente. A partir daí a lingerie passou a ter bojos acolchoados e as armações de arame se fizeram notar. Tudo para realçar o busto.
Em 1939, o excêntrico milionário, aviador e empresário cinematográfico Howard Hughes, fascinado pelas voluptuosas curvas de Jane Russel, desenvolveu, especialmente para realçar suas generosas medidas, um sutiã especial, segundo alguns, baseado na aerodinâmica dos aviões. (Há quem diga hoje que a engenharia dos sutiãs é semelhante à das pontes suspensas, pelas ações de força e sustentação). Assim a bela morena apareceu nas telas no filme O Proscrito (The Outlow). Durante a II Grande Guerra (1939-1945) a escassez de seda obrigou a indústria têxtil a buscar novos materiais, surgindo as fibras sintéticas. Incorporadas aos sutiãs, elas deixaram os modelos mais resistentes e elásticos. O cinema continuou a exercer seu fascínio e as musas com seios fartos, como Jane Russel e Lana Turner, fizeram escola. Esta última ficou conhecida como sweater girl, com seus seios pontudos pelos bojos cônicos, protuberantes É nessa época que os modelos de vários tamanhos de bojo, Maidenform viraram febre entre as mulheres. Em 1948 Frederick Mellinger famoso como Frederick de Hollywood, desenvolveu um sutiã acolchoado que inflava com ar. Mas sujeito a vazamento, não foi para a frente.

A década de 50 viu a ascensão do new look de Dior, que nada mais era que uma leitura dos desejos pós-guerra, de opulência, beleza e leveza. As mulheres voltaram a ficar em casa, arrumadas para seus maridos, e, isso significava, entre outras coisas, voltar a usar cintas como se fossem novos espartilhos, para manter a postura e a cintura fina. Os sutiãs aramados, tipo cesta, que sustentavam e suspendiam os seios, recheavam os vestidos. A Marcel Rochas foi atribuído o corselet, uma versão mais leve e moderna do espartilho, mas cujo efeito seria o mesmo: diminuir o perímetro da cintura e ressaltar o busto. As musas do momento eram Grace Kelly, Audrey Hepburn, Marilyn Monroe, Sophia Loren e Brigitte Bardot. Em 1958 surgiu a lycra (elastano), que logo foi cooptada pela indústria de lingerie.
Os anos 60 foram os mais importantes do século XX, uma vez que influenciou todo um modo de vida. A juventude assumiu uma postura contestatória, os papéis tradicionais masculinos e femininos foram postos em questão. A liberdade dos hippies contrastava com os valores burgueses de seus pais. Os cabelos femininos encurtaram, assim como as saias. Os seios ficaram mais livres, em sutiãs sem bojo nem arames, mais leves e confortáveis. No início da década as alças reguláveis, de elástico, foram criadas oferecendo maior conforto. Entre o final dos anos 60 e o início dos 70 feministas americanas foram às ruas e queimaram seus sutiãs, que seriam, para elas, símbolo da opressão feminina. Muitas mulheres foram influenciadas por essa forma de pensar, suprimindo a peça do seu vestuário. Os seios pequenos passaram então a ser mais valorizados.
Na década seguinte predominaria a indefinição, mas o movimento feminista já havia sido deixado de lado e as mulheres ascendiam a postos políticos e, mais influentes, adotando os paletós e tailleurs no trabalho. Os jeans ganharam espaço no guarda-roupa de todos e a uniformização das roupas unissex, foram ampliando seu raio de ação. Ao mesmo tempo, na contra-mão deste aparente desleixo, o glam rock, com David Bowie na Inglaterra trouxe o brilho e o glamour um pouco de volta ao figurino, especialmente nas discotecas, à noite, quando tudo valia, inclusive copiar o estilo de John Travolta, Olívia Newton John e outras estrelas de cinema, em filmes musicais. A noite foi feita para dançar. Agora o sutiã, ainda em baixa, era abolido, especialmente à noite. Decotes profundos e paletós usados sem nada a não ser a pele era o look sexy do momento.

Entre 1980 e 1990 houve uma inversão na ordem estabelecida. Os yuppies, jovens executivos endinheirados de um lado, são símbolo do período. As mulheres executivas eram altamente valorizadas. Paralelamente, o movimento punk, surgido nos últimos anos da década anterior, influenciou a moda, adotada por grandes estilistas. A busca por uma vida mais saudável levou as mulheres para a academia, em aulas de ginástica aeróbia, o grande hit do momento, e é aí que elas descobriram que o sutiã poderia ser um grande aliado. Que sua função não era meramente de sedução, mas também de sustentação. Modelos específicos para esportes foram lançados e seu uso voltou a ser indispensável. No final desse decênio surgiu Madonna, hoje uma das maiores pop stars. Seu figurino inicial deixava propositalmente à mostra os sutiãs, em várias sobreposições e daí para a frente, o que antes era de bom tom ficar escondido, já poderia ficar à mostra. Em 1990, Jean Paul Gaultier criou o figurino do show Blonde Ambition em que a loira exibia sutiãs cônicos, dourados. O sutiã voltou assim ao posto de destaque e de sedução.
Na década seguinte a globalização tomou conta do mundo e a tecnologia, a indústria têxtil. A busca pelo corpo perfeito, cheio de curvas “naturais” elevou o status do sutiã novamente. Surgiram os push-ups, que levantavam e juntavam os seios, oferecendo um colo provocante. Assim a chamada lingerie de atributo passou a ser básico, especialmente por aquelas mulheres que não queriam passar por alterações radicais, como cirurgias plásticas. Toda mulher poderia ter os seios que quisesse com a nova lingerie. Os bojos voltaram a circular, assim como as armações aramadas, mas desenvolvidas com tecnologia de ponta. Para turbinar os seios, tudo era e ainda é válido: bojos recheados de gel, infláveis...
O sutiã do século XXI traz a tecnologia embutida em seus componentes. A industria têxtil, ultra evoluída, apresenta a cada estação, novidades mais interessantes. As microfibras e super microfibras oferecem o conforto adequado, assim como as composições com elastano,  compressão suficiente para modelar os corpos. É possível disfarçar ou valorizar o que se quiser, bastando para isso escolher a lingerie correta. Hoje o luxo não está mais associado ao desconforto e o mercado oferece a possibilidade de se ter um underwear com aspecto sedutor sem sofrimentos. Há modelos específicos para tudo, de teenagers a mulheres maduras, passando pelas gestantes e mães recentes. Os modelos sem costura, em tecidos leves, oferecem extremo conforto. O sutiã pode-se dizer que é a peça fashion que, ao longo de seu centenário passou por evolução constante, sempre associada ao ideal de beleza feminino.


Obs: o texto foi publicado originalmente na revista Essencial Lingerie
Marta De Divitiis: consultora de estilo, formada em História pela PUCSP, pós graduada em Moda na Universidade Anhembi Morumbi. Escreve releases como free lancer para várias assessorias de imprensa de SP e mantém dois blogs, Fast Mood, de moda, beleza e design e Neura Urbana, sobre o cotidiano, na Internet.



sábado, 13 de novembro de 2010

MODA E SUSTENTABILIDADE: diálogos possíveis?

Moda e sustentabilidade

por Silvia Dias — última modificação May 18, 2010 05:53 PM
Catalogado sob:
Dá para ser sustentável em um mercado que prega o descarte e o consumismo?
Já ouvi mais de uma pessoa tarimbada em sustentabilidade dizer que esse conceito não combina com o mercado de moda por conta de uma incompatibilidade de premissas: enquanto a sustentabilidade exige parcimônia, reaproveitamento e, portanto, maior duração das mercadorias, a moda se baseia justamente na temporalidade das coleções, no descarte rápido das peças e sua substituição pelas novas tendências, numa espiral fundamentada no consumismo.
Mas tem muita gente por aí querendo provar que não é bem assim. Ainda bem!
Quero relatar aqui o exemplo do Super Cool Market, uma loja que vende, troca e compra peças semi-novas de suas clientes, além de oferecer coleções próprias. A idéia é  mostrar que é possível superar o padrão vigente, pelo qual uma peça de roupa só pode ter um único dono.  Porque o que enjoa no guarda-roupa de uma pessoa pode ser o objeto de desejo de outra! E se não interessar para ninguém, vai para uma instituição de caridade para cumprir a função prioritária de qualquer peça de roupa, que é nos vestir.

Como funciona

O consumidor leva até a Super Cool Market as peças que não usa mais e que está disposto a descartar. Na loja, elas são trocadas por créditos na compra de outros modelos. Até aí, parece promoção de vendas, né? Pois é: mas eles também dão ao cliente o valor em dinheiro caso não haja compra - sendo que não se trata de brechó, mas de uma loja de fast fashion como tantas outras que existem por aí.
Por não se tratar de brechó, as peças usadas compradas de clientes passam por uma triagem para que a loja possa manter seu posicionamento de oferecer peças diferenciadas. E o que não é vendido na loja é doado a instituições.
Ao fazer isso num bairro de São Paulo que lança tendências (Vila Madalena) e em um espaço fashion, o Super Cool Market contribui para criar uma nova percepção do mercado da moda, ensinando os clientes, na prática, que moda, reuso e reciclagem não são excludentes entre si.
Eu gostei da idéia. E você?  http://www.revistasustentabilidade.com.br/blogs/pecados-verdes/moda-e-sustentabilidade

sábado, 29 de agosto de 2009

A história da moda

O prêt-à-porter é um marco para a compreensão histórico-sociológica da moda neste estudo. Mas retornemos ao início assinalado por Gilles Lipovetsky.

A partir do século XI, a economia agrícola e o comércio propiciaram o impulso das cidades. A miséria, as guerras e epidemias também intensificaram a composição urbana, porque concentraram fortunas e impulsionaram o enriquecimento de pequenos burgos. Posteriormente, o setor têxtil e o fluxo mercantil possibilitaram o intercâmbio de materiais diversificados: a seda do extremo Oriente, peles russas e escandinavas, algodão turco, sírio ou egípcio, plumas africanas. O câmbio de lãs de Flandres e da Inglaterra, linho da Alemanha, veludo da Itália também se fez com as feiras e o comércio marítimo. As matérias-primas seguiam às corporações de ofício especializadas, que cautelosamente costuravam as vestes sob medida para a clientela. O produto final deste percurso ia ao encontro do ideal de fineza e distinção da aristocracia.

Em fins da Idade Média, os éditos suntuários terminantemente impediam a plebe de bem vestir-se à moda, sendo essa cultura restrita à nobreza. Na última metade do século XIV, a moda passou por sua fase inaugural européia, ainda artesanal e reservada ao círculo da aristocracia. O traje bem cortado sinalizava o status político e econômico de quem o portava. Também durante os séculos XVI e XVII, as camadas sociais que se vestiam altivamente eram unicamente as abastadas economicamente. A partir do século XVIII nas cidades, os mercadores e artesãos também passaram a se vestir com certo requinte, relativamente reduzindo a distância para com os trajes suntuosos. Nos séculos XVIII e XIX, o comércio, os bancos e a burguesia fizeram surgir uma nova figura: o novo-rico, e com ele despontava um novo modo de se vestir.


Nota-se, nesta brevíssima cronologia proposta por Lipovetsky, que a moda passo a passo conquistou mais espaço na sociedade. O acesso à moda relativamente se democratizara, um fato histórico que só seria possível se aliado à ascensão econômica burguesa e ao Estado moderno. Destaca-se que ao abordar a moda, cita-se a moda que se aprimorou nas sociedades modernizadas.

Em fins do século XIX, “o século da moda por excelência”, a moda moderna se consolida. Se em meados desse século a produção das peças de vestuário era um trabalho manual dos alfaiates, no fin de siècle, as máquinas de costura de 1860 aqueceram a força produtiva ampliando sua escala. Nesse contexto, o acesso à moda é ainda mais facilitado. Essa época se encaminhava para o que se designaria a “moda de cem anos” iniciada por Charles Frederick Worth, o qual foi um dos estilistas mais famosos e suas maisons, que duraria da metade do século XIX até 1960. Nesse momento “heróico e sublime” da moda, duas indústrias se destacaram mirando alvos diferentes entre os consumidores. De um lado, os tecidos luxuosos da Alta Costura faziam a alegria da aristocracia, criando sob medida vestidos sofisticados para ela. De outro lado, a Costura tentava proporcionar um luxo popular, produzido em série e em escala massiva.

Para Gilles Lipovetsky, a Alta Costura não acelerou o ritmo da moda, mas disciplinou-a com os desfiles marcados às estações sob uma periodicidade bianual. Em coleções sazonais, a líder Paris (laboratório de novidades) irradiava as últimas criações estilísticas. O papel de modelistas e estilistas marcaram a fase moderna: o costureiro ascendia ao patamar de criador artístico, com a liberdade e as inspirações para elaborar modelos inéditos, novas linhas e moldes exclusivos. Assim nasce a idéia da moda como uma das “belas artes.

Olá pessoal... aqui quero falar sobre arte, história, moda e assuntos da atualidade.



Muito prazer, meu nome é:* Aline Oliveira*






Beijos!